sábado, 2 de janeiro de 2016

Monumento à Tiradentes


Legenda: Artista: Antônio Van Der Weil
Data: 1963
Local: Entre as Avenidas Afonso Pena e Av. Brasil
Fonte: Foto:Flicker.com Acesso: 09/11/2014

Estátua de Tiradentes, instalada na Praça Tiradentes. Conforme Freitas, no cruzamento das Avenidas Afonso Pena e Avenida Brasil,
 o que hoje conhecemos como Praça Tiradentes nem mais poderia, em uma acepção rigorosa do termo. Aquela interseção de importantes avenidas comporta hoje um fluxo de veículos que varreu do mapa os elementos que poderiam caracterizar o lugar como uma verdadeira praça (FREITAS,1996 p.312).

A escolha desse local para receber a estátua de Tiradentes se deu na administração do prefeito Amintas de Barros, argumentando a importância do lugar como ponto estratégico da cidade e a necessidade de se estabelecer nesse local um vínculo significativo, como também, segundo Faria, “saldar a dívida da população com o Protomártir da Independência”. Para Freitas, “a cidade parecia resgatar os seus débitos”.
Em 20 de agosto de 1962, a Praça, cujo nome era 21 de Abril, foi inaugurada, juntamente com a instalação provisória em gesso, do Monumento a Tiradentes, mais conhecido como o Alferes Joaquim José da Silva Xavier, e substituída pela definitiva de bronze, só em 05 de janeiro de 1963.
Diante dessa importância histórica, no momento em que existe algum tipo de manifestação popular, o local onde se insere o Monumento a Tiradentes se torna uma praça.
Logo após a inauguração da estátua, essa foi severamente criticada pela imprensa local, no tangente à estética e ao caráter moderno da obra. Foi também apreciada pelo historiador Augusto de Lima Júnior, criticando essas críticas estéticas, conforme cita Freitas (1996) sobre a representação da figura de Tiradentes barbado, contrariando registros históricos. Em meio a tantas críticas, verificou-se também a simpatia pela iniciativa do prefeito Amintas de Barros em homenagear a figura de Tiradentes.

         A estátua mede 6,50 m e pesa 14.000 quilos, e a ideia de construção de um monumento à liberdade, na crista da Serra do Curral, lugar onde, na época (1953), terminava a Cidade, foi colocada em prática pelo prefeito Amintas de Barros. Teixeira; Oliveira, (2008, p.47) relatam que “a estátua de Tiradentes, esculpida em bronze, foi encomendada a Antônio Van Der Weill para ser inaugurada em agosto de 1962”.  Contudo, conforme as autoras, os atrasos da obra, e problemas estruturais na construção do pedestal, impediram a instalação da obra original na inauguração. Assim sendo, uma réplica de gesso foi instalada no local e mais tarde trocada pela peça original.
         A forma da estátua é uma configuração do real. Conforme Gomes,
a representação real dos objetos ou coisas de modo geral são os limites reais traduzidos pelos pontos, linhas, planos, volumes ou massa, ou seja, é um registro por meio de fotografias, ilustrações e pinturas figurativas, bem como, por meio de esculturas, estátuas, monumentos, produtos em geral e outros, (GOMES, 2000, p. 46).


         Essa estátua segrega de uma grande base (pedestal) em formas sobrepostas. Na forma figurativa que representa Tiradentes, os curtos deslocamentos de pernas e braços, e os pequenos espaços entre esses, não aliviam o peso visual da forma, atribuindo à estátua um caráter mais rígido, mais austero, que conforme Teixeira; Oliveira (2008, p. 47), foi alvo de crítica no que dizia respeito à estética da época da inauguração. Ou seja: a maneira como se articulam os elementos visuais sugere ideia de leveza ou peso à obra.

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