sábado, 2 de janeiro de 2016

Primavera

                                        

                                                                       Legenda: Autor: desconhecido
                                                                               Data: 1926
                                                          Local: Jardins do Palácio da Liberdade
                                                                     Fonte: foto arquivo pessoal

Para Santos (1999, p. 74), “a essência de uma estátua depende dos sentidos que lhe são atribuídos, e a consciência de seu ser é proporcional à capacidade de provocar o olhar dos observadores, à variedade de significados que consegue despertar”. Para o autor,
toda estátua pressupõe a ação de olhares múltiplos, que não ocorrem de maneira plena em jardins de mansões, salões de palácios, nem mesmo em museus e galerias de arte – espaços privados ou semiprivados, onde é restrita a circulação dos olhares como bem enfatiza, são os espaços públicos que possibilitam que um corpo escultórico seja digno da designação estátua (SANTOS, 1999, p.74).


Criada em mármore branco, com altura de 1,46 m, largura de 39 cm e profundidade de 31 cm, retrata a figura de uma jovem com um buquê de flores. Datada do início do século 20, e de autor desconhecido. Originalmente, ficava na Praça da Estação foi, tombada pelo Patrimônio Municipal, em 1998. A escultura está inserida no jardim do Palácio da Liberdade. De movimentos sinuosos, e pelas forças visuais se auto-compensando, a escultura adquire um equilíbrio perfeito. Sua estrutura formal é bem organizada, e sua fácil leitura resulta em perfeita harmonia. Para Gomes (2000, p. 51), “a harmonia diz respeito à disposição formal bem organizada no todo ou entre suas partes de um todo”, na harmonia, predominam os fatores de equilíbrio, de ordem e de regularidade visual inscritos no objeto ou na composição, possibilitando, geralmente, uma leitura simples e clara.

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