Legenda: Autor:
desconhecido
Data: 1926
Local: Jardins do Palácio da Liberdade
Fonte: foto arquivo pessoal
Para Santos (1999, p. 74), “a essência de uma estátua depende
dos sentidos que lhe são atribuídos, e a
consciência de seu ser é proporcional à capacidade de provocar o olhar dos
observadores, à variedade de significados que consegue despertar”. Para o
autor,
toda estátua pressupõe a ação de olhares múltiplos, que não
ocorrem de maneira plena em jardins de mansões,
salões de palácios, nem mesmo em museus e galerias de arte – espaços privados
ou semiprivados, onde é restrita a circulação dos olhares como bem enfatiza,
são os espaços públicos que possibilitam que um corpo escultórico seja digno da
designação estátua (SANTOS, 1999, p.74).
Criada
em mármore branco, com altura de 1,46 m, largura de 39 cm e profundidade de 31 cm,
retrata a figura de uma jovem com um buquê de flores. Datada do início do
século 20, e de autor desconhecido. Originalmente, ficava na Praça da Estação
foi, tombada pelo Patrimônio Municipal, em 1998. A escultura está inserida no
jardim do Palácio da Liberdade. De movimentos sinuosos, e pelas forças visuais
se auto-compensando, a escultura adquire um equilíbrio perfeito. Sua estrutura
formal é bem organizada, e sua fácil leitura resulta em perfeita harmonia. Para
Gomes (2000, p. 51), “a harmonia diz respeito à disposição formal bem
organizada no todo ou entre suas partes de um todo”, na harmonia, predominam os
fatores de equilíbrio, de ordem e de regularidade visual inscritos no objeto ou
na composição, possibilitando, geralmente, uma leitura simples e clara.
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